21.8.11

Doutor de Fábulas


Sobre Velhos e Bigodes

 O dia estava nublado e muito frio quando eu caí na estrada, Sr. Manson era um Aristocrata excêntrico, pelo que eu sabia até ali ele era um vilão com ligação de sangue com o próprio Capitão Gancho, uma família pomposa, homens com grandes bigodes e mulheres belas com belos vestidos. Cheguei rapidamente no local, um grande e belo jardim era guardado além dos grandes portões de ouro, muitas cridas cuidavam da grama, todas tristes, ao longe se via uma montanha e um bosque, que aparentava ser lar de muitas bruxas.

 Sr. Manson morava em uma grande mansão
 Um homem velho, mestre em magica e ilusão.
 Recebeu-me com grande felicidade
 Com muito amor além da pura maldade.
 “Sente-se doutor, quer alguma bebida?”
  Perguntou-me com uma curta reverência
  “Sim claro, sirva-me suco de melancia”
  Sr. Manson sentara em um pomposo trono
  Alisando sempre o seu jeitoso bigode
  O suco fora trazido pelo mordomo
  Uma lamparina fora acesa no alto de um poste
   Comecei a consulta e percebi algo que vinha do trono
   Sr. Manson exalava um péssimo odor
   Perguntei “quais os sintomas senhor?”
   “o demônio me rogou uma praga doutor
   Sinto coceira e febre
   Os remédios estão me trazendo muito fedor!
   A ciência não adiantou
   Por isso o-chamei”
   Ele terminou muito envergonhado
   Então me levantei
   “Sr. Manson, percebo que está muito suado
   Provavelmente é a febre, suspeita de algo?”
   o-questionei
   “sim, ouça bem o que eu direi
   Fui atingido por alguma maldição
   Não duvido desta questão!”
   “e por que me diz isto senhor?”
   Minha pergunta o-impressionou
   “as bruxas não gostam de mim doutor”
   Ele sussurrou com seriedade
   “elas trazem grande maldade”
   Terminou ele.
   Caminhei pelo grande salão
   Quando a grande porta fora aberta
   Fazendo um grande clarão
    Uma criada que adentrava no momento
   Era bela e com os cabelos cheios de nós
   Tomara um susto ao nos ver
   “deixe nos a sós”
   Falei para Sr. Manson
   “somente eu e a criada”
   “o que quer com ela?
  É uma ignorante, não sabe de nada”
  Julgou ele e eu insisti
  “não me questione senhor
  Faço meu trabalho se permitir”  
  Ele se retirou do salão a contragosto
  “conte-me tudo amor
  Sr. Manson o-traz algum desgosto?”
  Falei para criada que estava assustada
  “Ó sim doutor, é uma lástima
   Ele nos maltrata bastante
   Ele é mal, bate na gente
   E nos abusa sempre, se é que me entende”
   Nervosa ela terminou.
   Era claro, um vilão aristocrata
   Muitas criadas trazidas da cidade
   Do campo e da estrada
   “enquanto as bruxas, algum envolvimento?”
   Perguntei no momento.
   “sim, outro dia tentou abusar de uma na floresta
    Na região, a mais bela bruxa que resta ”
    Terminou ela no momento que Manson voltara
    Suas feições mostravam maldade
    Alisando o bigode perguntou
    “algum diagnóstico doutor?”
    “Ó, Manson, você voltou
     Creio que tenho o diagnóstico senhor”
    A criada saíra e ele sentara
    “então me diga logo!” ele dera um sorriso amarelo
    Em seu rosto aparecera muitas rugas
    “É simples” falei dando curtas risadas
    “Sr. Manson seu problema são as pulgas
    Não use o bigode ao abusar de suas criadas
    Você é novo Sir, e seu rosto possui muitas rugas
    Qualquer problema, você pode ter certeza
    Agora sim serão as bruxas”. 
    

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