Quando ouvimos falar em Universal Studios nos lembramos de
filmes como Jurassic Park, American Pie, Velozes e Furiosos, esbanjando efeitos
especiais e muita ação, porém há muitos anos atrás em meados de 1930, em sua
sombria era dourada, a Universal era famosa por outro tipo de filmes...
Iniciada pela companhia de nome Independent Moving Pictures
(IMP), a Universal fundada por Carl Laemmle, em suas eras sombrias dos anos 30, 40, 50, lançaram
ao mundo todo um novo gênero do Cinema americano. A IMP na época tinha apenas um filme de horror, Dr. Jekyll & Mr. Hyde de 1913, que tinha alcançado um certo sucesso, foi em 1923 que a IMP se consolidou no gênero com o Drama O Corcunda de Notre Dame estrelando Lon Chaney no papel principal, o filme teve uma produção clássica e luxuosa e mesmo após tantas versões, com efeitos especiais e maquiagem mais sofisticados, este é o único considerado Cult, pela marcante atuação de Lon Chaney e pelo clima gótico criado pelo diretor Wallace Worsley. Com o sucesso do filme, a Universal se inspirou para criar o seu filme de Terror verdadeiro, foi em 1925 que lançaram O Fantasma da Ópera, baseado no romance de mistério do autor Gaston Leroux, Lon Chaney trabalhando mais uma vez interpretou o papel principal de Erik, O Fantasma, um compositor que após ter seu rosto desfigurado em um acidente, passa a viver se escondendo nos subsolos de Paris, assustando as pessoas, até o dia em que ele conhece Christine, uma jovem cantora lírica pela qual se apaixona e a sequestra, desde então ele passa a ajuda-la a chegar no estrelato. Logo após a Universal lançou filmes aclamados no gênero como O Homem que Ri de 1928, que conta a história de um homem que após ofender o Rei James II da Inglaterra tem seu rosto desfigurado por um cirurgião a modo que ele esteja sempre sorrindo.
Mesmo com a Grande Depressão, os anos 30 foram anos prósperos para a Universal, muitos de seus maiores clássicos estrelaram nesta época além de lançar ao mundo Bela Lugosi e Boris Karloff. Um dos maiores sucessos dos anos 30 fora Drácula de 1931, do diretor Tod Browning, estrelando Bela no papel principal, o filme fora um grande sucesso que teve suas sequência em 1936 com A Filha do Drácula, O Filho do Drácula de 1943 e A Casa do Drácula em 1945, porém as sequências não tiveram o mesmo sucesso do original. Lançando Boris Karloff, Frankenstein fora a sequência mais bem sucedida da era dourada da Universal, que conta a famosa história do cientista Henry Frankenstein que cria um ser vivo a partir de partes de cadáveres, em 1935 fora lançado A Noiva de Frankenstein que alcançou tão grande sucesso quanto o primeiro, logo após veio O Filho de Frankenstein em 1939, O Fantasma de Frankenstein (1942), Frankenstein Meets the Wolf Man (1943), A Casa de Frankenstein (1944) e Abbott and Costello Meet Frankenstein de 1948. Os anos 30 também foram famosos por filmes clássicos como A Múmia de 1932 (Também estrelando Boris Karloff no papel principal) que conta a história de um sacerdote do Egipto Antigo, de nome Imhotep, que volta dos mortos devido a um velho pergaminho que foi acidentalmente descoberto por um arqueólogo. Nos mesmos anos também veio o Cult O Homem Invisível de 1933, sobre um cientista que descobre a formula da invisibilidade e aplica em si próprio, mas precisa descobrir o seu antídoto, para poder reverter o processo, caso contrário ficará desta forma para sempre.
Os anos 40 vieram com muitas produções, a mais bem sucedida série de filmes fora O Lobisomem de 1941. Em 1943 o estúdio produziu um remake de O Fantasma da Ópera estrelando Nelson Eddy e Susanna Foster, além do Horror, dessa vez o filme abordou o tema musical. A Múmia teve suas sequências em A Mão da Múmia de 1940 e A Tumba da Múmia em 1942.
Na década de 50 já tinha aposentado a maioria de seus títulos, como Frankenstein, Drácula e o Lobisomem, em seus lugares vieram os filmes de Abbott and Costello, saindo do gênero Terror e passando para a comédia, coube a eles manter vivo o interesse público em personagens como a Múmia e o Homem Invisível. Foi em 1954 com o Criatura do Lago Negro de Jack Arnold, que a Universal Horror voltou ao sucesso ganhando uma nova gama de fãs, sucessos como Drácula e Frankenstein foram ré-lançados e o comércio de brinquedos e acessórios dos Monstros Universal estavam em alta.
Nos anos seguintes a Universal começou a distribuir muitos de seus títulos, permitindo a Hammer Film Productions começar a produzir sua própria serie de filme de terror, em títulos como A Maldição de Frankenstein e Drácula de 1958, nos anos seguintes os Monstros Universal foram revividos em novos filmes e Remakes.
Universal Monsters na Cultura Pop
Nos anos seguintes a Universal começou a distribuir muitos de seus títulos, permitindo a Hammer Film Productions começar a produzir sua própria serie de filme de terror, em títulos como A Maldição de Frankenstein e Drácula de 1958, nos anos seguintes os Monstros Universal foram revividos em novos filmes e Remakes.
Universal Monsters na Cultura Pop
Com toda a popularidade da industria do Horror na Universal, com o tempo vieram as suas referências na cultura Pop mundial, na Música, bandas de Horror Punk como Misfits homenagearam muitos títulos da Universal Horror, em 1986, o Game Castlevania lançado no Japão apresentava várias homenagens as séries de horror da Universal e da Hammer Films, mais tarde Castlevania continuou homenagear os filmes de terror clássicos, enquanto ao mesmo tempo, forjava sua própria identidade como uma das séries mais dramáticas dos Games.
Sem duvidas sou um grande fã das séries Universal Horror, porém é bem raro hoje em dia ver alguém que realmente tenha assistido filmes como o original Frankenstein ou ao menos saibam quem é Bela Lugosi, é uma pena :T
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